DISPOSITIVOS MÓVEIS E REDES SOCIAIS COMO RECURSOS DIDÁTICOS / AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (SÉTIMO E OITAVO SEMINÁRIOS)
No dia 01/10 ocorreram dois seminários. O primeiro grupo falou sobre como
os dispositivos móveis e as redes sociais podem atuar como ferramentas e
recursos didáticos, mostrando os desafios, benefícios e importância da inserção
deles no processo de ensino-aprendizagem. O segundo grupo abordou a utilização
do Ambiente de Aprendizagem Virtual (AVA), mostrando esse tipo de sistema
funciona, suas funções, benefícios e desafios da inserção dessa plataforma nos
ambientes educacionais.
O primeiro grupo sugeriu como atividade prática a criação de um grupo
no Facebook, onde seriam feitas
postagens sobre a disciplina de Educação e Novas Tecnologias da Informação e da
Comunicação. Já o segundo grupo, solicitou a produção de um pequeno texto sobre
os aspectos positivos e negativos da tecnologia. Segue abaixo o texto produzido:
No contexto da chamada Sociedade
da Informação, a tecnologia se encontra cada vez mais presente na vida dos indivíduos:
ela é utilizada na comunicação entre indivíduos, no compartilhamento de
informações e dados, na transmissão de conhecimento, entre outras funções.
Celular, televisão, rádio e computador são exemplos de ferramentas utilizadas
nessas tarefas. É fato que tantas ferramentas e recursos trazem inúmeros benefícios
para a sociedade. Dentre eles podemos citar velocidade e abrangência; interação
e cooperação; e realização de tarefas de forma mais dinâmica e efetiva.
Uma das características principais da sociedade atual é a rapidez como as informações são
repassadas, sem importar a distância entre os interlocutores. Com os diversos
recursos disponíveis, como os aplicativos de mensagens e as redes sociais, a
transmissão de informação ocorre de forma super veloz, atingindo grandes grupos
de pessoas em pequenos espaços de tempo.
Somada à rapidez e à abrangência, está a promoção da interação e da cooperação entre indivíduos: ligados por interesses, costumes e
valores em comum (ou até mesmo divergentes), os sujeitos podem se comunicar e
cooperar entre si através das mídias sociais, aumentando assim a sociabilização
entre eles. Desse modo, pode ocorrer a troca de experiências, conhecimento, ideias,
informação etc. entre pessoas que não precisam estar fisicamente no mesmo
espaço.
Além dos benefícios já citados, também pode ser citada a realização de
tarefas de forma mais dinâmica e produtiva. Um exemplo disso são as
tecnologias no ambiente educacional: slides, blogs, webquests, músicas, vídeos,
jogos, dentre outros recursos podem tornar o processo de ensino-aprendizagem
mais prazeroso e atrativo para os alunos, ligando teorias às práticas. Além
disso, a realização dessas tarefas também promove a autonomia uma vez que o individuo busca ajuda na própria ferramenta
tecnológica, sem precisar de um tutor presencial sempre disponível.
Entretanto, para que esses benefícios sejam notados, é necessário que
as ferramentas e os recursos disponíveis sejam utilizadas de forma consciente, posto
que o seu mal-uso pode gerar alguns malefícios como a “infoxicação “, a
superficialidade e transposição das atividades da sala de aula para a internet
sem que haja cuidado em produzir tarefas inovadoras.
Tendo em vista que as informações se encontram facilmente disponíveis
e são capazes de viralizar rapidamente, muitas vezes as informações são
checadas precariamente, gerando a chamada “infoxicação”, isto é, fazendo com
que noções desnecessárias e/ou falsas sejam tidas como verdadeiras e essenciais
pelos indivíduos. Também pode ocorre o “imediatismo”: as pessoas não se
aprofundam no conhecimento, apenas utilizam aquilo que é mais fácil e rápido de
encontrar e descartam o saber após o uso.
Também, com boa parte das interações sociais ocorrendo por meio das
redes sociais pode acontecer a superficialidade, a quebra de privacidade e o
isolamento dos indivíduos. As pessoas passam a procurar tópicos de interesse
imediato, são capazes de distorcer informações e transmiti-las, e ficam tão
presas no ciberespaço que passam a se
comunicar muito menos significativamente com aqueles presentes fisicamente ao
seu redor (um exemplo é o tão comentado distanciamento entre membros de uma
família por conta das redes sociais).
Por fim, deve-se tomar cuidado para que a utilização das ferramentas e
recursos tecnológicos no contexto educacional não se limitem à uma reprodução
das tarefas escolares na internet: devem ser produzidas atividades inovadoras e
que chamem a atenção dos alunos, evitando assim que os estudantes percam o
interesse em determinadas ações e
sintam-se desmotivados a realizar as tarefas (quando há simplesmente a
reprodução das praticas escolares, há o risco de ocorrer imediatismos, “infoxicação”
e o ato de simplesmente decorar).
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